A
Revolta da Chibata foi um movimento de marinheiros da Marinha do Brasil,
planejado por cerca de dois anos e que culminou com um motim que se estendeu de
22 até 27 de novembro de 1910 na baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, à época
a capital do país, sob a liderança do marinheiro João Cândido Felisberto.
João Cândido Felisberto, líder da Revolta da Chibata. Fonte: Associação Cultural do Arquivo Nacional |
Na
ocasião rebelaram-se cerca de 2400 marinheiros contra a aplicação de castigos
físicos a eles impostos (as faltas graves eram punidas com 250 chibatadas),
ameaçando bombardear a cidade. Durante o primeiro dia do motim foram mortos
marinheiros infiéis ao movimento e cinco oficiais que se recusaram a sair de
bordo, entre eles o comandante do Encouraçado Minas Gerais, João Batista das
Neves. Duas semanas depois de os rebeldes terem se rendido e terem desarmado os
navios, obtendo do governo um decreto de Anistia, eclodiu o que a Marinha
denomina de "segunda revolta".
Em
combate, num arremedo de motim num dos navios que não aderiram à Revolta pelo
fim da Chibata, morreram mais um oficial e um marinheiro. Esta "segunda
revolta" desencadeou uma série de mortes de marinheiros indefesos,
ilhados, detidos em navios e em masmorras, além da expulsão de dois mil
marinheiros, atos amparados pelo estado de sítio que a "segunda
revolta" fez o Congresso Brasileiro aprovar.
Fonte:
Produção TV Brasil
Categoria:
Educação
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